Mudando conceitos...
Durante muitos anos transferi toda culpa dos meus defeitos, ao meu signo. “Ah, eu sou geminiana!” era uma frase que eu proferia com bastante frequência. Quando reclamavam do meu mau humor repentino, da minha inconstância, da minha falta de organização, de eu deixar as coisas pela metade e ir logo querendo fazer outra e outra coisa; quando diziam que eu era complicada demais, de lua demais, “borboleta” demais, eu sempre culpei meu signo. Fácil, né? Tão mais simples culpar o signo do que ter que admitir os defeitos, as falhas.
Sou uma típica geminiana, sim! Com todos os prós e contras que isso implica e acarreta. Hoje, porém, tento não culpar os astros por meus erros e até por meu eventual egoísmo. Sou ré confesso. Mas não foi por uma crise de consciência que cheguei a esse entendimento, não. Não é fácil admitir minha culpa numa boa, sem que o meu orgulho dê seu ar da graça. Passei a entender que a dona do meu próprio nariz sou eu mesma, que sou do jeito que sou por escolha minha e não dos astros, após “morrer pela boca”.
Sempre disse que as geminianas não nasceram para o amor. Sempre fazem sofrer e sofrem em dobro. Mudam de ideia demais, de humor demais, de conceito demais. Hoje amam e amanhã não podem olhar para a cara do vivente! Enjoam, cansam. E, quando menos se espera, sentem falta, amam muito sim, intensamente sim, pra sempre (até amanhã) sim e correm para o colo do amado novamente. É, o companheiro de uma geminiana deve ter uma paciência de Jó para aturar tanta inconstância e imprevisibilidade.
Mas para minha surpresa, eu, que me achava tão ‘expert’ nas características do meu próprio signo e nas minhas próprias, caí do cavalo. As geminianas nasceram para o amor, sim! O problema é que só aprendemos a amar, quando, de fato, amamos. Complicado definir esse momento, mas a gente sabe (a gente sempre sabe!). Amamos à nossa maneira. Uma maneira geminiana de ser, mas que só aprendemos quando acontece realmente. Só quando sentimos na pele e nos surpreendemos por sentir falta a cada despedida; por ser inconstante ainda, mas nas coisas do dia-a-dia, e não no amor; por mudar de humor com frequência e achar graça disso e, ainda assim, não mudar com o parceiro; por não enjoar de mimos, declarações e agrados e o pior, achar lindo e ainda retribuir com vontade, naturalidade, sentimento... E não só por obrigação ou educação, como costumamos fazer quando não aguentamos mais e não temos coragem para dizer isso.
Fiquei feliz em saber que não tenho uma pedrinha de gelo no lugar do coração. Mais uma vez, mudei meu conceito: Geminianas amam, sim. E amam muito!
Eu realmente precisava ler isso .
ResponderExcluirEu realmente precisava ler isso .
ResponderExcluir